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Vidas Secas (869.93, R175v)

Descrição: Em virtude dos 50 anos de morte de Graciliano Ramos, a Editora Record reeditou toda sua obra, com novo projeto gráfico, posfácios assinados por figuras importantes do mundo literário — Marilene Felinto assina o de Vidas secas — e uma nova bibliografia que será acrescentada à cada obra. Entre os títulos estão S. Bernardo, Infância, Insônia e Alexandre e outros heróis, Viagem, Caetés, Angústia e Linhas tortas. Em cada edição está sendo feito um trabalho de fixação de texto, comparando os textos com o último de cada um revisados por Graciliano, que estão no Instituto de Estudos Brasileiros da USP. O trabalho consiste em erradicar qualquer erro incorporado às edições ao longo dos anos e deixar o texto o mais fiel possível aos originais de Graciliano. Vidas secas, lançado originalmente em 1938, é o romance em que mestre Graciliano — tão meticuloso que chegava a comparecer à gráfica no momento em que o livro entrava no prelo, para checar se a revisão não haveria interferido em seu texto — alcança o máximo da expressão que vinha buscando em sua prosa. O que impulsiona os personagens é a seca, áspera e cruel, e paradoxalmente a ligação telúrica, afetiva, que expõe naqueles seres em retirada, à procura de meios de sobrevivência e um futuro. Apesar desse sentimento de transbordante solidariedade e compaixão com que a narrativa acompanha a miúda saga do vaqueiro Fabiano e sua gente, o autor contou: “Procurei auscultar a alma do ser rude e quase primitivo que mora na zona mais recuada do sertão... os meus personagens são quase selvagens... pesquisa que os escritores regionalistas não fazem e nem mesmo podem fazer ...porque comumente não são familiares com o ambiente que descrevem...Fiz o livrinho sem paisagens, sem diálogos. E sem amor. A minha gente, quase muda, vive numa casa velha de fazenda. As pessoas adultas, preocupadas com o estômago, não tem tempo de abraçar-se. Até a cachorra [Baleia] é uma criatura decente, porque na vizinhança não existem galãs caninos”. Vidas secas é o livro em que Graciliano, visto como antipoético e anti-sonhador por excelência, consegue atingir, com o rigor do texto que tanto prezava, um estado maior de poesia.

Ano: 2011 Autor: Ramos - Graciliano Editora: Record 115ª Edição Páginas: 174 ISBN: 978-85-0106-734-0 Idioma: Português Área: Literatura Brasileira

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